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blogbyvaniamestre

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O inicio nem sempre é fácil

Post Blog 16-12-2020.png

Ora bem, vamos lá então falar do inicio.

Despedi-me em Junho deste ano com a certeza de que queria estar mais disponível para os meus filhos, mas com algumas dúvidas sobre o que iria fazer profissionalmente no futuro. Depois de muito pensar e analisar, abrir uma loja online de roupa feminina, pareceu-me uma excelente ideia por vários motivos. 

Primeiro porque acho que tenho bom gosto e posso ajudar outras pessoas a se vestirem melhor e aumentarem a sua autoestima. Sim, acho que também podemos fazer isso através da roupa que vestimos. A roupa é uma segunda pele e tal como muitas mulheres se maquilham e pintam as unhas e o cabelo, a roupa também serve para nos sentirmos bonitas e isso é tão bom 

Segundo, tendo um negócio online dá-me mais disponibilidade para fazer outras coisas. Posso entrar ou sair ás horas que quero, seja para emergências ou só porque sim. Desde que tenha tudo organizado, dá tempo para muita coisa. E gosto tanto de não ter que dar satisfações a ninguém ou ter que pedir para sair mais cedo ou entrar mais tarde e no fundo não ter que pedir para viver a minha vida. Sei que não podemos todos ser patrões e existem coisas boas e más no meio disto tudo. Só temos de ver o que é melhor para nós e para alguns o melhor é trabalhar para outros e está tudo bem. Temos que fazer o que gostamos e sentirmos-nos bem com isso. Estamos por cá tão pouco tempo que o importante é sermos felizes. 

E terceiro, não tenho dinheiro para abrir loja física. Daí ficar-me por enquanto só pelo online. Tenho poupanças que estou a utilizar para abrir este negócio (e que também não é barato) senão não seria possível despedir-me e avançar com qualquer negócio. Salvo raras exceções, temos que ter dinheiro para abrir um negócio. Só se for prestações de serviços e não precisarmos de ferramentas ou algum tipo de aparelhos é que podemos iniciar sem dinheiro e não estou a ver mais nada assim de repente. Isto de ser empreendedor e nos reinventarmos é muito giro, mas sem dinheiro é complicado. Como muita coisa na vida, não é verdade?

Continuando, em Junho despedi-me e saí da empresa em meados de Julho, pois ainda tinha dias de férias por gozar. Os miúdos estavam de férias e a pequenina ainda não tinha regressado à creche. Comecei por pesquisar e ver como é que iria abrir o meu negócio. Isto de não se ter um plano como deve ser torna o inicio bem mais complicado. Mas pronto, um passo de cada vez. Em Agosto dei inicio de atividade nas finanças e comecei a procurar fábricas e fornecedores com que pudesse trabalhar. Que belo mês para contactar alguém. Claro que ninguém me respondeu a e-mails ou atendeu chamadas. Calma, era o que eu pensava. Tudo se vai resolver. Até que em Setembro resolvi, enviar mais e-mails e reenviar os de Agosto. E lá começaram a surgir respostas. Umas boas, outras más e ainda outras que ficaram eternamente por responder. Pelo menos poderiam ter respondido só para dizer que não. Mas pronto, é assim. Cada um gere a sua empresa como quer. 

Vou só contar as boas, não me sinto no direito de falar negativamente de algumas empresas. Não acho correto. Umas das primeiras a me dar a mão, foi a Pano de Fundo, que é um representante e distribuidor de algumas marcas, como a Artigli, XT Studio, Tom Tailor, Fly Girl, Maryley e muitas mais. Estão situados em Vila Nova de Gaia e em Setembro lá fui eu rumo ao norte conhecer o espaço e escolher a coleção Primavera/Verão para o próximo ano. Das marcas que eles representam só escolhi peças da Artigli, XT Studio e Tom Tailor, pois como não são muito baratas e estou a começar, não me posso esticar muito e mesmo assim acho que me estiquei demais. O objetivo era também conseguir roupa para esta coleção Outono/Inverno, mas como se escolhe com 6 meses de antecedência, só a de Primavera/Verão de 2021 é que ficou garantida. Mas eu queria começar já e então continuei a contactar empresas e descobri a Ozono e que maravilhosa descoberta. A Ozono é uma marca portuguesa e tem umas calças de ganga excelentes. O contacto foi feito todo pela internet e o primeiro toque nos tecidos só foi feito quando recebi a 1ª encomenda. E adorei. São tão confortáveis e macias que dá gosto usar. Já para não falar nas pessoas ou neste caso na pessoa, que só falei com uma, que é simplesmente espetacular, simpática e super prestável, o meu muito obrigado  Aliás o meu muito obrigado à Pano de Fundo e à Ozono que sem eles nada disto seria possível. 

Desde o inicio que queria apostar no mercado português, seja fábricas ou fornecedores e encontrei outra marca portuguesa que me respondeu e olhem que obter respostas não tem sido nada fácil e positivas então, contam-se pelos dedos de uma mão. A marca foi a Nakuro que tem roupa elegante e muito gira que me arranjou umas peças para esta estação. À venda neste momento, tenho roupa das marcas Ozono, Artigli, Maryley, Nakuro e Rut & Circle (esta é de outro representante que consegui assim por milagre) e outras marcas que consegui através de uma plataforma portuguesa de revenda, mas que não fiquei fã. Consegui também alguma coisa Rut & Cicle para o próximo ano. Menos mal. A coleção Primavera/Verão de 2021 está garantida e não demorando muito já estou a escolher a do próximo Outono/Inverno.

Não tem sido fácil este começo e penso que posso destacar aqui alguns fatores. Além de eu ser completamente inexperiente nesta área, sou também inexperiente no mundo dos negócios e como estou agora a dar os primeiros passos, ainda tenho muito para errar, experimentar e voltar a errar, porque estamos sempre a aprender. Depois, esta altura de pandemia em que muitas pessoas perderam os seus empregos ou têm salários em atrasado ou então têm o seu futuro incerto, também não ajuda a consumir. As pessoas evitam algumas coisas e a roupa não é uma prioridade, se não comprarem este ano, compram para o próximo, ou não. Tudo bem que as compras online aumentaram, mas existem milhares de lojas online, porquê escolherem a minha e ainda por cima não tenho coisas assim tão baratas quanto isso à venda. Não é fácil. E mais ainda, eu não percebia nada do mundo online e vocês aí perguntam, se não percebes nada do online, porque é que te meteste num negócio exclusivamente online? Ok, não precisam de bater. Eu sabia os riscos que corria. Por acaso não sei se sabia bem, mas agora sei 

O marketing no meio disto tudo é fundamental e estou a aprender a mexer-me neste mundo. Sim, não tenho dinheiro para pagar a profissionais e por isso tenho que ser eu a fazer tudo. Esteja bem ou mal feito, é o que há. Já tinha Facebook e o Instagram só aderi em Março deste ano. Nunca fui de postar muita coisa e nem de falar da minha vida privada. Não sei se é da idade (39) mas consigo entender melhor o público do Facebook, agora o do Instagram está difícil. Confesso que ando ali um bocado a patinar. Talvez porque o Instagram vive de momentos e não de venda de produtos e eu não tenho postado momentos. Tenho mostrado a roupa que tenho à venda. Só assim, com fotos das roupas e mensagens e imagens apelativas, digo eu, porque os resultados não mostram nada disso. Viciei-me no Canva que é um editor de imagens e faço uns posts que eu acho super giros, mas que o pessoal do Instagram não acha muita piada. A maior parte das pessoas que têm inúmeros seguidores, postam momentos da sua vida, momentos perfeitos. É raro vermos coisas reais por ali, mas é disso que aquele público gosta. De coisas perfeitas e momentos inesquecíveis. Nada contra. É bom sonhar. E gostamos de ver. Eu gosto de ver. Claro que só sigo aqueles que eu acho que têm conteúdo interessante, mas outros até só sigo porque postam coisas que me fazem sorrir. No Facebook tenho tido feedback, estou a aumentar os seguidores, as pessoas perguntam-me sobre preços e tamanhos, mostram-se interessadas, por acaso tenho mais procura por números maiores, o que eu não tenho muito, o máximo que tenho é o L ou o 40. Pelo que tinha pesquisado, os números maiores não eram muito procurados. E toma lá e embrulha, que se eu tivesse números grandes, já tinha feito umas quantas vendas. No Instagram continuo ali parada, paradinha. Melhores dias virão. O Google esse então é outro mundo. Pedem-me um balúrdio pelos anúncios. E por isso ainda não fiz nenhum. Eu sei que já devia ter feito, que estou a perder potenciais clientes e que não posso viver só do Facebook e Instagram e que seguidores não são clientes. Eu sei isso tudo, mas isto não é fácil. E fazendo contas ao que tenho gasto com os anúncios do Facebook e Instagram, já não me sobra muita margem de lucro se vender a roupa toda que tenho (essa é outra, se não vender tenho prejuízo). Quanto mais se ainda for fazer os anúncios no Google. Mas não me vou escapar e para me conhecerem, vou ter mesmo que os fazer. Ah e também existem os Marketplaces que ainda não explorei. E outro fator que não menos importante, mas que já me ia esquecendo. Moro no Algarve e ter acesso a fábricas e fornecedores é bem mais difícil. Para me deslocar ao norte, que é onde estão a maioria das empresas deste ramo, gasto dinheiro. Dinheiro esse, que não sei se vou recuperar com as vendas. A longo prazo até pode ser, mas agora não. Pelos preços que eu vejo algumas pessoas venderem a roupa, tiro duas conclusões, ou vão diretamente à fábrica e compram em grandes quantidades ou é chinês. Eu não consigo sequer comprar ao preço que muitas delas vendem, quanto mais vender. E realmente é verdade, comprar roupa feita em Portugal é caro. Por isso, muitas empresas apostam no fabrico em países em que a mão de obra é mais barata. É que senão, a roupa tem que ser vendida a preços altos e nós não temos assim tanto poder de compra. Mas eu não desisto de apostar nos nossos. Quer sejam fabricantes ou fornecedores. A nossa economia tem que crescer e cada vez mais devemos apostar no que é nosso e não ir comprar lá fora.

Resumindo, isto não está fácil, mas cada dia é melhor que o anterior. Há sempre mais uma aprendizagem, vou vendo o que resulta e o que não funciona. Vou aprendendo, vou errando, vou caindo e vou-me levantando. E assim é a vida. Uns dias melhores que outros. Mas o que eu gostava mesmo, é que isto tudo já estivesse bem alinhavado quando for para vender a coleção Primavera/Verão. Porque aí sim, eu investi muito dinheiro. Quer dizer, para mim é muito dinheiro 

Ah isto tudo para não falar do facto de que sou muito esquisita, assim a um nível muito superior e escolher roupa para vender tem sido uma dificuldade extrema. É que gosto de pouca coisa e depois tenho que me esquecer que não sou eu que tenho que gostar, mas sim quem vai comprar e isto gera uma série de conflitos internos, porque eu tenho dificuldade em vender coisas que não gosto. E quando eu recebo as encomendas e vejo que ali uma linha fora do sitio ou algo do género, dá-me logo uma coisa má. Para mim, a roupa tem que ter qualidade, por isso, não aposto em roupa barata, que seria muito mais fácil de vender. Se eu não acreditar no produto não consigo vender. Se houve algo que aprendi a ser nesta vida é honesta e sincera, entre outras qualidades e defeitos 

Bem, já me alonguei um bocado. Até ao próximo post e quem estiver a ler isto, não se esqueça de me seguir no Facebook e Instagram e visitar o site  e assim se quiser só como quem não quer a coisa, fazer umas comprinhas, eu agradeço 

 

Site: www.vamsix.com

Facebook: @vamsixfashionstore

Instagram: @vamsix_fashionstore e @vaniaandreiamestre

 

 

 

Porquê mudar de vida em plena pandemia?

É a pergunta que mais me fazem depois de me ter despedido. Porquê? Estavas à tanto tempo naquele emprego, porquê mudares agora e em plena pandemia? É verdade, mudar de vida em plena pandemia não é fácil, mas foi ela a principal responsável pela minha decisão.

Durante muitos anos senti-me culpada por não estar mais disponível para os meus filhos. Durante o meu horário de trabalho não marcava consultas, ou nem mesmo ia à escola a não ser nas reuniões finais de período e nem os ia ver quando haviam jogos de futebol contra outras escolas. Cheguei a tirar férias só para ir a reuniões. Nunca gostei de pedir para sair mais cedo ou ausentar-me por algumas horas. Só em casos de extrema necessidade e que não tivesse outra opção. 

O ano passado a minha filha com 10 anos na altura teve um jogo de futebol a meio da semana contra outra escola e pediu-me muito para ir ver, mas era durante o meu horário de trabalho e disse-lhe que não podia ir. Ainda hoje me lembro do olhar de tristeza dela a questionar-me porque é que não podia ir. O pai podia sempre e eu nunca podia. O que é certo é que nem pedi ao meu patrão. Primeiro porque não concordava em estar a pedir para sair por este motivo e em segundo porque mesmo que ele deixasse, eu sabia que não seria de boa vontade. Por isso nem pedi. Tal como não pedi para muitas outras coisas.

Consultas antes das 18:00h nunca era eu que ia com eles. Quando ficavam doentes em casa, na maior parte das vezes não era eu que ficava com eles. Só quando nasceu a mais pequenina é que fui eu a ficar algumas vezes e claro que meti dias de férias para isso. O meu marido não achava justo ser ele a ter que ficar sempre em casa com ela, quando era ele que ganhava mais dinheiro. E tinha razão. Nós conseguíamos viver só com o ordenado dele, mas não conseguíamos sobreviver só com o meu. Porque é que era sempre ele a deixar o trabalho dele e não eu o meu? E ainda por cima, quando o trabalho dele era mais importante para ele do que o meu para mim. Não era justo.

Quando em Março tivemos que ficar em casa por causa do Covid-19, eu fiquei até Abril com os miúdos e o meu marido depois ficou até Setembro. Foi ele que esteve com os miúdos em casa durante as aulas online. Era ele que organizava semanalmente as tarefas que eles tinham que fazer, para não falhar nada ou quase nada. Muitos estão a pensar que não fez mais que a sua obrigação. E eu digo não, não era a sua obrigação. Fez porque é bom marido e bom padrasto. Ele não é o pai dos meus dois filhos mais velhos. Tenho 3 filhos e 1 enteado, em que os meus 2 filhos estão uma semana comigo e outra com o pai, o meu enteado vem ao fim-de-semana de 15 em 15 dias e a minha última filha é que está connosco o tempo todo, porque é só nossa  O meu marido esteve com os meus filhos em casa, em teletrabalho e a orientá-los com os trabalhos da escola e com uma criança de 2 anos que não dava descanso a ninguém. E todos os pais que tiveram em teletrabalho com os filhos, sabem que isto não é nada fácil. 

Face a isto tudo e com a possibilidade de voltarmos a estar em confinamento mais tarde, tínhamos que estabelecer prioridades. Quem é que deveria estar mais disponível para eles. Não tivemos que ponderar muito para se chegar à conclusão de que seria eu. Claro que não iria ficar em casa sem fazer nada. Quer dizer sem fazer nada não. Quem está em casa sabe muito bem que há sempre coisas para fazer. Mas vocês perceberam 

VAMSIX Post para Facebook.png

 

Qualquer coisa que fizesse teria que ser por conta própria e que pudesse fazer a partir de casa. Depois de muito investigar e ponderar, decidi abrir uma loja online de roupa. Para começar só de roupa feminina. E se a decisão já tinha sido difícil, começar foi ainda mais difícil. 

Decidi abrir atividade e contactar fábricas e fornecedores em Agosto. Boa ideia não é? Claro que não, foi péssima. Ninguém me respondeu. Só em Setembro é que recebi algumas respostas e as outras vou estar à espera eternamente. Ainda fui a tempo de conseguir a coleção Primavera/Verão de 2021, mas para a coleção de Outono/Inverno de 2020 consegui pouca coisa e a muito custo. 

As aventuras deste inicio fica para o próximo post........

Sobre mim

Nasci em Faro no inicio de Junho de 1981, mas aos 8 anos fui morar para Olhão e por enquanto ainda lá estou. Foi a terra que me acolheu e embora fizesse muito dos meus afazeres em Faro já morando em Olhão, já me sinto mais Olhanense que Farense. No inicio não foi fácil a adaptação. Ninguém me ouvia, eu falava baixo, mas para uma terra piscatória em que todos falam alto, eu falava bastante baixo. Falava pouco, mas como era muito simpática, o pessoal até gostava de mim. Nunca fui boa a fazer muitos amigos. Tinha poucos, mas bons. Mas não fui sabendo mantê-los ao longo dos anos e os amigos de infância viraram conhecidos.

Sempre fui uma pessoa reservada, tímida e envergonhada. Era aquela pessoa que sempre tentava passar despercebida e tinha medo dos olhares alheios sempre prontos para julgar. Boa ouvinte, mas pouco faladora. Quer dizer, durante as aulas lembro-me de estar constantemente distraída e a falar. Mas fora delas só me dava com as minhas amigas chegadas. Se elas faltavam, ficava perdida sem saber o que fazer e sentava-me a um canto tentando que ninguém me visse. Um telemóvel tinha-me dado bastante jeito, ahahah. O meu 1º telemóvel foi aos 18 anos, oh sorte.

Até me casar morei no campo, mas em vez de passar os dias na rua, passava os dias a ver televisão e num mundo de faz de conta. Adorava séries, filmes, telenovelas, desenhos animados e a televisão era aquela caixinha mágica em que podíamos ser tudo o que quiséssemos. Naquela altura não se ouvia falar em concorrência e quando aparecia mais um canal era uma mais valia. Tínhamos muito bons programas que apelavam para a bondade e compaixão e que nos faziam rir, só para nos lembrar que a vida tem que ser divertida.

Comecei a largar este mundo só meu, lá para os meus 16 anos, já não me recordo bem. Em que sair para ir à discoteca era bom e descobri que gostava muito de dançar e ouvir música. Sou uma apaixonada por cinema e até há uns aninhos atrás não perdia uma estreia (até ter filhos vá). 

Sou licenciada em Dietética pela Universidade do Algarve, mas nunca exerci e trabalhei durante 13 anos numa mediação de seguros, até que em plena pandemia resolvi mudar de vida.

Tenho 3 filhos e 1 enteado, casei-me tive 2 filhos, divorciei-me e voltei a casar e a ter outro filho. Durante este tempo todo de maternidade (14 anos) sempre achei que não conseguia estar disponível para os meus filhos. Trabalhava das 9:00h ás 18:30h de segunda a sexta, bem bom (embora muitas vezes esse horário esticasse), mas muita coisa pode acontecer aos nossos filhos nesse período e eu sempre deleguei a outros muitas tarefas que me competiam a mim enquanto mãe, por estar a trabalhar. Não sou pessoa de estar constantemente a pedir ao patrão para sair. Cheguei a tirar férias para ir a reuniões da escola, mas depois acabei com isso quando tive uma colega e percebi que tinha direitos. Ingenuidade e bondade sempre foram o meu ponto fraco e forçosamente para o meu bem tive que ir alterando isso. 

Ao resolver estar mais disponível, tinha que arranjar algo que me desse liberdade e para isso teria que trabalhar por conta própria. Resolvi abrir uma loja de roupa online, eu e mais não sei quantos milhões de pessoas, oh god. No momento em que estou a escrever este post, ainda estou em fase de abertura, a afinar as últimas peças. Sou perfecionista e acho sempre que é preciso mais qualquer coisa antes de colocar online. Como não tem sido um processo fácil, decidi criar um blog, para ir falando sobre este processo, sobre as marcas e roupa que vendo e para falar de tudo em geral. Gosto muito de escrever e acho que me exprimo muito melhor através da escrita do que a falar. Na escrita posso rever as vezes que quiser antes de publicar e quando se fala já se sabe que não dá para rever, o que está dito, está dito. E sou daquelas pessoas que depois de falar com alguém, repara sempre que se esqueceu de dizer algo crucial. Fica sempre alguma coisa por dizer. Na escrita também acontece, mas menos. 

Considero-me uma pessoa com muito bom gosto e terei com certeza roupa gira à venda. Estou a apostar nos fabricantes e fornecedores portugueses, o que encarece o preço das roupas, mas a qualidade também se paga. E numa altura como esta, temos que nos ajudar uns aos outros e nós portugueses bem que precisamos. 

Por falar em bom gosto, tenho que avisar que sou extremamente esquisita, assim a um nível bem alto e praticamente não gosto de nada (estou a falar de roupa) e tem sido uma dificuldade escolher roupa para vender. Ora é muito cara, ora é menos bonita e eu penso que ninguém vai comprar aquilo, e lá pelo meio vou decidindo o que acho que vão gostar. O meu marido há muito que me diz que deveria desenhar as minhas roupas, porque nunca encontro nada que goste. Já estive mais longe. Por agora começo pela loja, depois nunca se sabe. 

Ah, a loja chama-se VAMSIX - Fashion Store e podem encontrá-la em www.vamsix.com no Facebook e Instagram. Não se esqueçam de a visitar e comprar qualquer coisinha. Obrigado

 

 

 

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